terça-feira, 5 de julho de 2011

“Comer emoções” também engorda?

                É indiscutível que a obesidade é um fenômeno da contemporaneidade. A comida é apresentada como mais um objeto de consumo, capaz de trazer a satisfação imediata diante das insatisfações.
               A busca pelo comer também pode se apresentar como uma tentativa de alimentar fomes de outra origem, que não só a fisiológica, mas não por isso com menos consequências.
               As satisfações substitutivas são facilmente utilizadas diante das sensações de mal-estar que permeiam a existência humana. Diante da falta, do limite e perdas, a comida pode ser um objeto que cumpra essa função fantasiosa de satisfação imediata.
               Apesar disso, as consequências são denunciadas por meio do corpo, que expressa esse mal-estar e essa forma de satisfação, muitas vezes desencadeadora de inúmeros prejuízos da ordem da saúde e das relações.
                Pensar sobre a sua fome ajuda a entender a sua subjetividade e seus modos de satisfação e sofrimento emocional, muitas vezes reduzidos a um “ataque de comer”.

Por: Gisele Lins Prado, psicóloga do Hospital Albert Einstein

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